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  • cleverfernandes196

DIA DO PROFESSOR: DIA DE LUTA E RESISTÊNCIA 

Atualizado: 18 de fev. de 2021

Professor: nome Trabalho, sobrenome Resistência. Hoje, mais do que nunca no Brasil, nós professores somos os trabalhadores da resistência. Ninguém tem dúvida da importância de nossa profissão na sociedade, somos os construtores simbólicos da maquinaria social. Artífices ou artesãos da humanidade, pois somos guardiões, conservadores e produtores de sua base imaterial. Trabalhamos com conhecimentos e pensamentos de todos os tipos: científicos, artísticos e filosóficos. Em nosso oficio diário de e na sala de aula construímos, desconstruimos e reconstruímos conhecimentos. Num processo contínuo e dinâmico de conservação e renovação. Instigamos nossos alunos nessa dinâmica, não somos meros reprodutores ou transmissores de conhecimentos enlatados e apodrecidos, na verdade temos certeza que ninguém consegue transmitir nada para ninguém. A consciência alheia é inviolável. Nosso trabalho é de facilitadores na dinâmica do ensino-aprendizagem, pois, como escreveu Deleuze, “nunca se sabe como uma pessoa aprende”; mas o fato é que sempre apreendem por intermédio de signos lançados por um mediador, que pode ser o professor, ou um livro, ou outro aluno, ou qualquer coisa dentro deste acontecimento sala de aula. Para o pensador francês uma coisa é certa, “nunca se aprende fazendo COMO alguém, mas fazendo COM alguém”. Assim, nosso trabalho de transformação e resistência só será eficaz quando, e apenas quando, nossos alunos são ativos no processo e isso só acontece quando eles são chamados a fazerem COM seus professores e nunca COMO eles fazem. Além de proporcionar este protagonismo discente no fazer pedagógico, é necessário dinamizar nossa prática pedagógica, não dizendo faça como estou ensinando, mas faça comigo e descubra o seu próprio caminho nas múltiplas possibilidades do aprendizado humano. Precisamos também nos reinventar a todo o momento, para acompanharmos as mudanças sociais e tecnológicas e, ao mesmo tempo, resistir ao pensamento fascista que quer impor uma visão única e uniforme do nosso trabalho. Estes fascistas de plantão querem colocar uma mordaça em nossas bocas afirmado que não podemos nos posicionar em sala de aula, criaram um projeto imbecil denominado de “Escola Sem Partido”, que se não fizermos nada vai sair do submundo sombrio e bizarro onde foi gestado e tornar-se-á realidade nas escolas e universidades brasileiras. Ao contrário do que pensam e querem estes fascistas, nosso trabalho exige uma tomada de posição, não existe prática educativa neutra, estamos o tempo todo agindo politicamente. Não é possível pensar a ação docente divorciada dos debates e do exercício da política. Por isso, não podemos nos acovardar diante dos ataques sistemáticos que nossa nobre e importante profissão está sofrendo nos últimos anos, principalmente, após a tomada de poder deste grupo liderado pelo nome daquele que não deve ser nomeado, “você-sabe-quem”.

Hoje DIA DO PROFESSOR não será dia de comemoração, não temos nada a festejar diante dessa conjuntura. Nosso dia deve ser um DIA DE LUTA, de mobilização e de sensibilização social. Temos que denunciar o que este famigerado governo está fazendo com a educação em nosso país e com seus profissionais, mostrando as consequências deste sucateamento… O que estão fazendo com a UERJ [Universidade do Estado do Rio de Janeiro] é sintomático do que querem fazer com as universidades públicas no Brasil. Força UERJ, vamos resistir juntos. É fundamental defender essa grande instituição de ensino, pois hoje querem fecha-la e, nosso silêncio é sinal de cumplicidade, amanhã serão outras e outras até não termos mais nenhuma universidade pública no país. Todos em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade. Resistir é necessário, pois não existe vitória sem luta, e não existe luta sem resistência.

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